Bonito, no Mato Grosso do Sul, é uma cidade com inúmeros roteiros e programações de passeios naturais e, ainda mais: o Pantanal e o Paraguai ficam logo ali! São muitas as opções.
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| Foto: Agência Águas Turismo |
Conheci a cidade de Bonito, no Mato Grosso do Sul, durante o período das férias de julho de 2014. Estávamos em quatro pessoas e estivemos curtindo a pequena cidade por cinco dias. Não deu para conhecer tudo, mas curtimos de tudo um pouco.
Nota: Antes de qualquer coisa, gostaria de esclarecer que não recebemos nenhum patrocínio das empresas que serão aqui citadas. Estarei divulgando apenas como forma de compartilhar nossas impressões dos serviços.
Chegamos em Campo Grande no dia 22/07/2014 e estávamos muito cansados, portanto fomos obrigados a nos hospedarmos ali na capital Sul-Matogrossense mesmo. Descemos do Nordeste até o Centro-Oeste e tivemos de fazer algumas conexões, o que nos deixou exaustos. Já na última conexão, quando pensávamos que o vôo duraria somente uma hora, percebemos que estava durando mais do que o esperado. Somente quando desembarcamos em Campo Grande recebemos a informação de que o fuso horário naquela localidade era diferente de Brasília, 1 hora a menos. Poxa, pesquisamos tanto para esta viagem e deixamos passar a informação do fuso horário. Mas isso não atrapalhou nossa viagem em nada. Apenas fica a dica para que vocês verifiquem sempre o fuso horário do destino de viagem, mesmo dentro do Brasil.
No aeroporto ainda nos dirigimos à empresa Movida, onde havíamos feito reserva pela internet. Ressalto que foi o menor preço que encontramos, mas reservamos com bastante antecedência, o que barateia os custos. Achei o atendimento um pouco demorado, pois precisamos preencher inúmeras fichas. Sobre o pagamento, eles fizeram um bloqueio de R$ 700,00 (setecentos reais), de acordo com a categoria do veículo escolhida. Terminados os trâmites burocráticos e fomos encaminhados para o estacionamento da Movida, localizado a cerca de 2 Km do aeroporto. Achei desnecessário, pois o carro poderia ter sido encaminhado ao aeroporto. Seria uma forma de poupar o cliente. Chegamos a um local escuro, numa rua bem esquisita, mas com segurança. Ao chegarmos, tivemos ainda de fazer a vistoria do veículo. Infelizmente a iluminação do local não ajudou, mas utilizamos lanternas. Fomos bem críticos, e deixo esta dica a vocês. Ao locar um veículo, durante a vistoria, sejam bastante criteriosos. Verifiquem atentamente se há amações, riscos, peças soltas ou faltando, pois tudo isso poderá ser cobrado de você na devolução. Depois faremos uma postagem com dicas sobre o assunto.
Em Campo Grande ficamos no Hotel Alquimia, bem simples, mas com muitos quartos, bem localizado, limpinho, boas camas e um café da manhã farto e bem variado. Gostamos bastante, pois precisávamos de uma boa noite de sono para nos recuperarmos dos vôos.
Saímos no dia 23 por volta das 9 da manhã com destino a Bonito. A estrada é boa, com apenas um pequeno trecho de estrada velha com alguns poucos buracos. Fomos por Sidrolândia/Jardim. A entrada para Bonito fica à direita, na cidade Guia Lopes, antes de Jardim. Se estiver dirigindo, deve ficar atento, pois em Guia Lopes não há placas muito claras explicando a estrada para Bonito. É preciso olhar as estradas à sua direita, pois a placa somente será vista no início já da estrada que você deverá pegar.
Chegamos em Bonito numa bela tarde e já avistamos uma enorme tenda sendo montada. Descobrimos mais tarde que na outra semana iniciaria o festival de inverno da cidade, com show de grande nomes nacionais. Fiquei triste, pois não precisaríamos retornar antes do festival. Nem pesquisamos eventos na região, pois só tínhamos estes dias para conhecer a cidade mesmo. Foi melhor assim, senão já estávamos tristes antes mesmos de chegar na cidade, já que não poderíamos ver os shows. Enfim, fomos buscar nosso hotel.
Ficamos no Hotel Paraíso das Águas. Parece ser um hotel um pouco velho, mas tem instalações limpinhas, com camas confortáveis, exceto uma cama extra que foi colocada em nosso quarto. Pelo que vimos, este hotel é o que possui a melhor localização.
Ficamos no centrinho da cidade, bem em frente a um dos mais famosos bares da região, o Taboa Bar. Eles produzem a própria cachaça. E num é que a bixa é boa mesmo? Adoramos. Muito restaurantes e lanchonetes. Achamos interessante o sorvete assado, os inúmeros sabores do cerrado e as carnes exóticas. Preferi não arriscar alguns sabores.
Passeios que curtimos em Bonito:
Projeto Jibóia - localizado praticamente no centro de Bonito, este passeio requer muita paciência. Chegamos e já pegamos uma fila longa. Depois de entrarmos, fomos ver as cobras em cubículos de vidro gigantes. Já sentimos a demora para iniciar uma tal palestra que iria ter. Disseram que seria uma palestra para desmistificar as cobras e acabar o preconceito que há. Porém, o que vimos foi uma palestra muito chata com o idealizador do projeto fazendo muita propaganda de si mesmo. E ainda tinha mais, ele adorava constranger os visitantes, fazendo piadas sem graça. Todos riam com o intuito de não serem alvo. Depois de duas horas e meia de palestra, isso mesmo, finalmente pudemos ter contato com a cobra. Nada muito demorado, apenas o suficiente para tirar algumas poucas fotos. E que pena eu tive do animal. Havia cerca de 70 pessoas que esperavam para pegar no bicho. Imagina como deve ficar estressado. Resumindo: se você quiser um passeio chato, demorado e talvez ser insultado, vá ao Projeto Jibóia. A única coisa legal é o contato com o bicho e o fato de perdermos um pouco o medo.
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| Foto: Trip Advisor |
Rio da Prata (almoço) - localizado no município de Jardim, este foi o melhor de todos os passeios que fizemos, desde o receptivo até o término do passeio. Ficamos muito felizes por termos tido a oportunidade de fazer este passeio no Rio da Prata. Quase não conseguimos mais, devido à enorme procura pelo passeio. No período de julho, é muito importante que você reserve todos os seus passeios. Caso contrário, você correrá o risco de ficar sem visitar os principais destinos.
Buraco das Araras - fica a cerca de 15 minutos de distância do Rio da Prata. Então dá pra intercalar com este passeio. Quando ouvimos o nome do local, "Buraco das Araras", imaginamos uma imensa cratera com inúmeras araras, ninhos e filhotes. Infelizmente, não tinham tantas araras para se ver. Acredito que conseguimos ver cerca de 20 araras e 1 ninho. Mas o passeio vale a pena. É a maior dolina da América do Sul, com a maior profundidade. E apesar das poucas araras, é emocionante ter a oportunidade de ver a revoadas destes bichos magníficos, que tanto nos encantou.
Rio Sucuri - se você já tiver agendado o Rio da Prata, até sugiro retirar do seu roteiro. É um rio muito bonito, e você também terá a oportunidade de ver mais peixes. Mas não tem como comparar com o Rio da Prata, que é muito melhor. No Rio Sucuri, o tempo de mergulho e a quantidade de peixes é menor.
Boia-cross - descemos o Rio Formoso para praticar o Bóia-cross, com acesso pelo Hotel Cabanas, que é
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| Foto: Bonito Way tour |
quem oferece o passeio. Em todo o trajeto somos acompanhados por 2 guias, além da equipe em terra que dá apoio e tira fotos maravilhosas. Somos equipados com coletes salva-vidas e recebemos bóias de boa qualidade. Você deita na bóia e aproveita as quedas d'água (que água fria. ui!). A primeira queda, gente, quase morremos. Apesar de parecer uma queda d'água pequena, neste ponto o rio tem cerca de 9 metros de profundidade e a força da água te empurra para baixo. A queda da bóia é obrigatória neste ponto e os guias dizem que é o batismo (e que batismo, kkk). Foi um sufoco, mas o guia fica o tempo todo no local pra te puxar. Digamos que foram os 7 segundo mais agoniantes que já passei na vida. Etapa passada, vida que segue. Fiquei com medinho depois dessa, mas as outras quedas d'água foram super tranquilas. Um passeio muito divertido que você não pode deixar de fazer! Vai amarelar não, né? Estávamos com uma senhora de 60 anos e era a mais corajosa.
Gruta de São Miguel e museu da cidade (macacos) - que lugar lindo. Chegamos e já fomos recepcionados pelos lindos macacos. Fomos bem cedo da manhã. Acredito que seja o horário ideal para conseguir vê-los. Até demos comida na mão.
Parque das cachoeiras - estrutura espetacular. Conta com tablados de madeira que nos leva por dentro da mata a inúmeras cachoeiras. Cada uma mais linda que a outra.
Balneário municipal - lugar lindo que não pode deixar de ser visitado. Não acreditamos que demoramos tanto para visitar o local. Acredito que deve ser o primeiro passeio na cidade. Reserve um dia inteiro. Se ficar pouco tempo, pelo meio dia. Você não vai se arrepender. Pode mergulhar com centenas de peixes, fazer trilha, comer peixes saborosos, curtir a natureza e, se tiver a mesma sorte que a gente, pode encontrar um casal de araras que sempre visita o local à procura de comida. Eles sentam na mesa e esperam que o dono do restaurante traga as sementes de Girassol. Uma coisa linda de ver!
O que vimos no Pantanal?
Para este passeio saímos bem cedo de Bonito, pois fica a cerca de 160 km de distância da cidade. Pegamos a rodovia com sentido à Colômbia e dirigimos por cerca de 3 horas e meia. A viagem da ida foi mais demorada, pois como não conhecíamos a estrada, ficamos um pouco receosos. Há um trecho bem considerável com muitos buracos e inclusive com apenas uma faixa liberada (parece que estava em obras, mas não vimos homens trabalhando!). Por um momento achamos que estávamos perdidos, pois não havia alguma sinalização e dirigíamos há bastante tempo, sem nenhum sinal de ser humano à frente. Como no Mato Grosso do Sul há inúmeras fazendas, as estradas parecem ser mais compridas, já que precisamos rodar quilômetros até encontrar alguma residência. Enfim, chegamos à Fazenda San Francisco. No receptivo, todo decorado no estilo rústico, já nos deparamos com lindas araras. Lá elas são criadas soltas, mas como eles oferecem comida livremente, são consideradas domesticadas. Nada disso tira o encanto. Ficamos extasiados com a proximidade com o bicho.
Paraguai, vale a pena?
Viajamos com duas mulheres. Não havíamos planejado ir ao país vizinho, mas com elas no pedaço, não tivemos escolha. Rolou até um estressezinho, porque sabia que lá se ia o limite do cartão de crédito (rsrs). Mas enfim, lá fomos nós. Pegamos a estrada para rodar cerca de 260 Km. Uma viagem um pouco cansativa, principalmente no retorno. Ah, no retorno, não esqueça de abastecer. Pois só há posto a muitos quilômetros de distância de Ponta Porã. Já falei que a cidade que faz divisa é Ponta Porã? Enfim, eis a cidade. Trânsito conturbado, poucos sinais, muitas rotatórias, arquitetura simples, porém faz divisa com o Paraguai. É aí que mora a graça. Chegamos e fomos direto no Shopping China (você vai ver muuuitas propagandas no caminho). Gente, não acreditamos no tamanho daquela loja. Realmente do tamanho de um shopping, mas era somente uma loja. Praça de alimentação completa. Tudo o que você imaginar, tem nessa loja. Passamos o dia e a tarde perdidos lá dentro. Esquecemos até de almoçar. Encontramos produtos originais de boas marcas (principalmente perfumes) e também produtos eletrônicos daquelas marca fajutas (faz parte). Está disposto a dirigir horas e voltar exausto? Então não deixe de visitar o Paraguai.
Atenção: Em agosto a água é muito gelada. Então, se você tem pavor de frio, evite esta época do ano.
Para lhe ajudar, em Bonito há inúmeras
agências. Elas podem montar um roteiro bacana. Só não deixe de conhecer o RIO DA PRATA. Este é imperdível. Seja claro junto à agência e peça para incluir este passeio em seu roteiro.
Paz e luz, amigos.
Raniere Vasconcelos.
